terça-feira, 24 de março de 2009

Quanto custa salvar a Amazônia?

Hoje vamos voltar a falar de assunto tão falado e tão comentado: A Amazônia, os debates que acontecem sobre esse assunto são sempre controversos e com enorme falta de objetividade, principalmente quando o assunto é a conservação da Amazônia.

500 Km2 de mata são queimados todos mês., mas infelizmente o país não consegue formular um plano factível que contenha o avanço da exploração predatória e, ao mesmo tempo, permitir o desenvolvimento sustentável da região. Região essa que equivale à metade do território brasileiro.

Preservar a maior floresta do planeta, contudo, é uma meta perfeitamente alcançável, de acordo com um estudo minuncioso que acaba de ser concluído por uma das mais respeitadas consultorias do mundo, a McKinsey e que foi matéria na Veja a alguns dias.

Para preservar a Amazônia ao longo de duas décadas seria necessário o investimento 17 bilhões de reais ao ano. Tais recursos não são extravagantes: representam pouco mais de 1% dos impostos arrecadados no Brasil.

Ou o gasto anual com o Bolsa Família, que daria 12 bilhões de reais, ou a metade do déficit nas contas da Previdência em 2008. A McKinsey chegou a esse cálculo dentro de um estudo mais amplo, sobre as oportunidades e os custos de reduzir no Brasil, as emissões dos gases que provocam o efeito estufa, que é a principal causa do aquecimento global.

As queimadas na Amazônia significam mais da metade dos 2 bilhões de toneladas de gás carbônico que o Brasil lança na atmosfera a cada ano, deixando o país num constrangedor posto de quarto maior emissor do planeta.

Atrás apenas da China, dos Estados Unidos e da Indonésia. Conter a devastação da floresta , portanto, é a maior contribuição que o país poderia dar no combate ao aquecimento global.

O desafio para a Amazônia não está simplesmente em deter o desmatamento. É preciso incentivar o desenvolvimento de atividades formais, para dar emprego àqueles que hoje vivem da exploração predatória e também elevar o padrão de vida dos 25 milhões de pessoas que habitam essa região.

O Estudo da McKinsey, intitulado “Uma economia de baixas emissões de carbono par o Brasil”, tem cinco frentes de atuação. Vamos falar um pouco sobre elas.

Os dois requisitos essenciais são regularizar as propriedades rurais, pois hoje menos de 10% das terras têm posse definida. E aprimora a vigilância, o Brasil possui hoje 3.600 guardas florestais. Precisaria chegar ao menos 10 mil seguindo parâmetros internacionais.

Uma das outras iniciativas e incentivar através da ampliação do reflorestamento, dar estímulos financeiros à preservação de matas e subsidiar o aumento da produtividade na pecuária.

Outra iniciativa é o desenvolvimento econômico, formalizando os trabalhadores, e criando milhares de empregos para pessoas que vivem dos desmatamentos e estimular a criação de negócios legais.

E o ultimo passo é o desenvolvimento social, ampliando e melhorando a qualidade das redes de ensino e saúde nas cidades da região amazônica.

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